CB400 II.
A CB400 II testada é do ano 1983, ou seja, uma moto com
quase 30 anos. O grande detalhe dessa moto é que eu peguei ela zerada pra dar
umas voltas, a moto está com 6.348kms originais! Desses, eu rodei uns 40 na
cidade de São Paulo e uns 100kms na estrada. Exatamente como na CBX 750 F
(7Gallo) eu senti uma sensação muito agradável de andar em uma moto que já rodava
por ai antes de eu ter nascido.
Na cidade a moto tem um desempenho muito legal, ela tem
força suficiente para andar na frente das cgs e twisters quando o farol abre.
Achei diferente a posição de pilotagem, fica-se sentado mais ereto, o guidão é
alto e as pedaleiras deixam as pernas em posição confortável.
Essa moto é um ícone de época, muitas pessoas mais velhas me
contam como era viajar de CB por ai, quando as estradas não eram tão boas
quanto hoje e as cidades não tinham tantos buracos. Imagino que devia ser um
motão na época, uma moto 400 cilindradas e de 2 cilindros; pensando que havia
bem menos motos e dessas muitas eram MLs, Turunas, Vespas...
Já vi muitas CBs por ai, prova de que as motos foram bem
feitas e aguentaram vários anos, vários donos e muitos kms. Não é difícil ver
as CBs modificadas para choppers e carenadas. Aqui em São Paulo já vi algumas
da edição Nelson Piquet, que vinham com uma carenagem no farol.
O que mais me chama a atenção nessa moto é o fato de ser uma
moto por essência, feita pra rodar em qualquer lugar e sem frescuras, outra
coisa que me chama atenção são as cores da época.
Na estrada a moto chega aos 150 km/h, talvez até mais, mas
se o dono dela ler e souber que passei de 120kms/h ele me mata! Uahuahuah.
Outra coisa, a moto fez uma média de 19km/l cidade-estrada, sendo que ela só
roda com gasolina Pódium.
Frentista: Ficou louco com a moto, queria saber o ano, se eu
vendia e tudo mais que se possa imaginar. Disse pra ele que a moto era de um
amigo e que teria que perguntar pra ele. Em seguida o frentista me contou que o
pai dele tinha uma dessas.
Mulheres: Realmente essa moto não tem muito destaque nesse
meio, em compensação, assim como a 7Gallo, onde você para, todos os “maridos” e
“pais” mostram a moto pras “esposas” e “filhas” dizendo: “nossssssaaaa, que
zerada a moto!!!! Eu tive umas dessas!!!” auhauhuaha
Garupa: Minha senhora não estava disponível nesse dia,
portanto pedi pra dar uma volta na garupa com meu amigo dirigindo, e apesar de
ODIAR andar de garupa essa moto não me incomodou tanto, o banco parece o sofá
da vovó! auhauha
Pontos Positivos: Sem dúvida é uma moto acessível
economicamente, e mesmo sendo difícil –se não for impossível- encontrar uma zerada
igual esta, acha-se dessa moto inteira. É uma moto confiável, robusta, econômica,
barata e o mais importante: Acha-se facilmente peças dela por ai (digo lojas de
procedência).
Pontos Negativos: Por ser uma moto mais antiga é preciso
fazer sempre manutenções e revisões periódicas, cuidado ao comprar uma usada,
pois as vezes a diferença de preço de uma usada em ótimo estado difere pouco de
uma usada detonada.
Preço: Por tudo que vejo, essa moto tem um preço que condiz
com o estado de conservação. Acha-se de R$5.000,00 com algumas coisas pra fazer
e outras zeradas por R$15.000,00. Vai do gosto, da vontade de ter e da
disposição pra arrumar e procurar peças.
Gostei muito de andar nessa relíquia, o pai de um amigo meu
tirou ela zero kms e a moto permaneceu na família. Dirigi com todo respeito que
ela merece, não abusei, nem forcei, apenas curti o passeio. Acho que eu nasci
muito tarde, gosto muito dessas motos e dos carros dos anos 70 e 80.
Como eu sempre digo: Se tiver a oportunidade, nem que seja
apenas um dia na sua vida, de uma volta nessa moto!
E como ouvi uma vez de um senhor em um encontro de moto: “O
importante não é ter todos os brinquedos do mundo, e sim brincar com todos”.
Essa moto vai ganhar uma placa preta ano que vem!
Merece, e também queria pedir desculpa pelas fotos, eu me empolguei tanto que
só devolvi a moto a noite, e como sempre, tinha quase me esquecido de tirar
fotos.
Abraços.
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