terça-feira, 7 de agosto de 2012


GS500

Bom, só para por pimenta no proximo teste, que sera da minha GS500, colocarei umas fotos de uma GS500 de um senhor conhecido meu, que é dono de outras motos e que prefere viajar com a GS500 modificada dele pra Argentina sempre que pode.
Explicarei as modificações depois.











Abraços.

CB400 II.

A CB400 II testada é do ano 1983, ou seja, uma moto com quase 30 anos. O grande detalhe dessa moto é que eu peguei ela zerada pra dar umas voltas, a moto está com 6.348kms originais! Desses, eu rodei uns 40 na cidade de São Paulo e uns 100kms na estrada. Exatamente como na CBX 750 F (7Gallo) eu senti uma sensação muito agradável de andar em uma moto que já rodava por ai antes de eu ter nascido.

Na cidade a moto tem um desempenho muito legal, ela tem força suficiente para andar na frente das cgs e twisters quando o farol abre. Achei diferente a posição de pilotagem, fica-se sentado mais ereto, o guidão é alto e as pedaleiras deixam as pernas em posição confortável.

Essa moto é um ícone de época, muitas pessoas mais velhas me contam como era viajar de CB por ai, quando as estradas não eram tão boas quanto hoje e as cidades não tinham tantos buracos. Imagino que devia ser um motão na época, uma moto 400 cilindradas e de 2 cilindros; pensando que havia bem menos motos e dessas muitas eram MLs, Turunas, Vespas...

Já vi muitas CBs por ai, prova de que as motos foram bem feitas e aguentaram vários anos, vários donos e muitos kms. Não é difícil ver as CBs modificadas para choppers e carenadas. Aqui em São Paulo já vi algumas da edição Nelson Piquet, que vinham com uma carenagem no farol.

O que mais me chama a atenção nessa moto é o fato de ser uma moto por essência, feita pra rodar em qualquer lugar e sem frescuras, outra coisa que me chama atenção são as cores da época.

Na estrada a moto chega aos 150 km/h, talvez até mais, mas se o dono dela ler e souber que passei de 120kms/h ele me mata! Uahuahuah. Outra coisa, a moto fez uma média de 19km/l cidade-estrada, sendo que ela só roda com gasolina Pódium.

Frentista: Ficou louco com a moto, queria saber o ano, se eu vendia e tudo mais que se possa imaginar. Disse pra ele que a moto era de um amigo e que teria que perguntar pra ele. Em seguida o frentista me contou que o pai dele tinha uma dessas.

Mulheres: Realmente essa moto não tem muito destaque nesse meio, em compensação, assim como a 7Gallo, onde você para, todos os “maridos” e “pais” mostram a moto pras “esposas” e “filhas” dizendo: “nossssssaaaa, que zerada a moto!!!! Eu tive umas dessas!!!” auhauhuaha

Garupa: Minha senhora não estava disponível nesse dia, portanto pedi pra dar uma volta na garupa com meu amigo dirigindo, e apesar de ODIAR andar de garupa essa moto não me incomodou tanto, o banco parece o sofá da vovó! auhauha

Pontos Positivos: Sem dúvida é uma moto acessível economicamente, e mesmo sendo difícil –se não for impossível- encontrar uma zerada igual esta, acha-se dessa moto inteira. É uma moto confiável, robusta, econômica, barata e o mais importante: Acha-se facilmente peças dela por ai (digo lojas de procedência).


Pontos Negativos: Por ser uma moto mais antiga é preciso fazer sempre manutenções e revisões periódicas, cuidado ao comprar uma usada, pois as vezes a diferença de preço de uma usada em ótimo estado difere pouco de uma usada detonada.

Preço: Por tudo que vejo, essa moto tem um preço que condiz com o estado de conservação. Acha-se de R$5.000,00 com algumas coisas pra fazer e outras zeradas por R$15.000,00. Vai do gosto, da vontade de ter e da disposição pra arrumar e procurar peças.

Gostei muito de andar nessa relíquia, o pai de um amigo meu tirou ela zero kms e a moto permaneceu na família. Dirigi com todo respeito que ela merece, não abusei, nem forcei, apenas curti o passeio. Acho que eu nasci muito tarde, gosto muito dessas motos e dos carros dos anos 70 e 80.

Como eu sempre digo: Se tiver a oportunidade, nem que seja apenas um dia na sua vida, de uma volta nessa moto!

E como ouvi uma vez de um senhor em um encontro de moto: “O importante não é ter todos os brinquedos do mundo, e sim brincar com todos”.

Essa moto vai ganhar uma placa preta ano que vem! Merece, e também queria pedir desculpa pelas fotos, eu me empolguei tanto que só devolvi a moto a noite, e como sempre, tinha quase me esquecido de tirar fotos.



Abraços.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


A MT-03 foi a moto da vez! E que moto.

A MT-03 foi trazida pro Brasil em 2008, tem o mesmo motor da XT660, mas um conceito totalmente diferente, essa moto é uma “motard-naked-caféracing” pra mim. Sendo realmente uma moto X (1 cilindro), feita pra ter alto torque, frenagem excepcional e é ótima em curvas.
O amortecedor traseiro fica localizado no lado direito do quadro, os dois escapes ficam sob o banco e o estilo "parruda" faz essa 660 ser um dragster nas ruas!!!
Já vi em vários lugares que essa moto foi feita pra ser uma "street-fighter", os ingleses no século passado tiravam tudo que pudessem pra diminuir o peso das motos e apostavam corridas até os cafés da cidade, e com esse conceito a MT foi feita- ter muita potência, frenagem e estabilidade para corridas na cidade.
Tendo um escorpião como símbolo, a moto tem um torque tão alto que em um semáforo a moto saiu de lado patinando, e é preciso ter muito cuidado para não se empolgar e levantar a frente da moto pra todo lado. Impressionante como o giro sobe; por ter um único cilindro esse “trator” corta o giro em baixo giro (7500 rpm). Os pneuzões dão um ar especial e muita segurança para as curvas.

A velocidade final dela é limitada eletronicamente a 175Km/h, acho pouco pra uma moto dessa cilindrada, porem como é uma moto monocilíndrica e com o propósito de ter um torque violento está muito bom.
 Detalhe do farol com o pingo de luz, é um farol eficiente, mas eu recomendo a troca da lampada original por uma philips branca 55/60w.

Detalhe do amortecedor traseiro.


 Pneuzinho!

Andei com essa moto no interior de São Paulo, não sei ao certo como ela deve se sair em corredores de grandes cidades, tenho a impressão que o guidão dela é muito largo e que ela esquenta demais no transito pesado, apesar de ser refrigerada a água e ter ventoinha.

Na Europa a MT-03 é mais cara que as XT660, talvez por ter mais design e peças melhor acabadas, porem, no Brasil a MT não "virou", simplesmente não agradou o público que sempre a comparou à XT660 e a Hornet, motos com propostas totalmente diferentes. No fim do ano de 2008 a MT era mais barata que a XT e mesmo assim em 2009 ainda havia muita MT encalhada por concessionárias.

Como a moto durou pouco tempo no Brasil, apenas lançaram na cor preta, enquanto em outros países há laranja, branca, vinho e outras cores...



Frentista do posto:  Essa moto foi a moto que andei que mais chamou atenção, todo lugar que fui  me perguntaram qual o ano, a marca, qual a cilindrada... Uma chuva de perguntas, faz muito bem pro ego! Achei a moto bem econômica pra proposta e pro meu estilo de pilotagem (trocar marchas como se fosse uma corrida! Auhauha) a moto fez 17km/l num percurso misto (cidade 70% e estrada 30%). O frentista ficou babando na moto enquanto estava pagando e me disse: “Essa então é a MT-03, ela tem o motor da XTesão então!?” Confirmando o que eu havia dito quando parei a moto.

Mulheres: Essa moto realmente atrai todos os olhares femininos, o tanque grande, o design diferente e o preto fosco fazem que qualquer SRAD pareça uma moto antiga.

Garupa: Para a garupa sempre uso de referencia minha senhora, a “polícia federal”, que não tem papas na língua na hora de criticar qualquer moto ou carro. O banco é bem macio e o desnível do banco (condutor/garupa) ajudam no gripe, assim a “patroa” não ficou escorregando. As únicas reclamações foram as alças para segurar (mal posicionadas) e escapamento que fica embaixo do banco, causando o maior problema para as garupas: O cheiro de gasolina no cabelo.

Pontos Positivos: Uma moto muito diferente que tem uma mecânica bem conhecida, chama a atenção em todos os lugares, não é muito gastona e tem um torque notável. Outro ponto importante, eu tenho 1.85 e ela me vestiu muito bem, mas pessoas mais baixinhas também não encontram problemas na altura, ela tem uma altura de banco baixa e o peso é bem distribuído. Tambem conta como ponto positivo o freio a disco duplo, freia muito bem esse Monstro!




Pontos Negativos: O preço de algumas peças dela é incompatível, o tanque que é de fibra é muito caro, o painel dela é delicado e já ouvi casos de infiltração de água. Por usar um pneu 160/60/17 na traseira e ter muito torque ela desmancha o pneu rapidinho, e esses pneus são bem caros. E o pior problema nela: O conhecido problema da injeção eletrônica desses modelos (MT e XT) do ano de 2008, que dão bug no código 14 ou 19, fazendo que a moto não ligue nem por reza brava. Essa central da injeção custa uma bagatela de R$2.300,00. Outra coisa ruim é que essa moto não foi feita para os nossos buracos, há relatos de quebra do suporte da lanterna traseira com bastante frequencia, e tem que tomar cuidado pra não prender nenhuma mala no caminho da saida de ar dos escapes, meu amigo já "fritou" uma mochila.

Preço: Depende da região do país, em SP essa moto é encontrada na faixa de R$18.000,00 sendo que as XT do mesmo ano são mais caras. Eu compraria uma MT pra usar na cidade se tivesse $ suficiente.

Mais uma vez foi triste devolver a moto, eu me apego aos diferentes tipos de pilotagem e é muito estranho passar o dia com um brinquedo que é só novidades e voltar pro meu! Com certeza essa moto será daqui uns anos uma moto de colecionador já que somente foi trazida por um ano pro Brasil.

Se tiver a oportunidade, nem que seja apenas um dia na sua vida, de uma volta nessa moto!


Abraços.